sexta-feira, 10 de julho de 2015

Tá acabando. Coisas do intercâmbio que ninguém te fala.


A parte sentimental (e poética ;]) do blog é minha, como já deu pra perceber. Carlinhos chega com o animado, a narrativa que faz vocês se sentirem no nosso lugar. E eu chego com a carga subjetiva, emocional das nossas experiências. E tá acabando, tá acabando.

Pra mim falta um mês, Carlos vai levar sua monografia até Chihuahua e só volta pro BR em dezembro. Deixaremos de ser chilangos. O fim se aproxima.

Com essa proximidade do fim, os sentimentos chegam fortes e percebemos coisas do intercambio pela primeira vez, vemos sob outra perspectiva, com sensibilidade e nostalgia.

Chegamos aqui sozinhos, porque queríamos viver algo novo. Mudanças ou mesmo uma breve fuga da realidade, e claro, viver algo inesquecível. Chegamos sozinhos porque queríamos estar sozinhos e essa ideia não nos intimidava. Chegamos todos sozinhos e assim nos unimos. Formamos uma comunidade, uma família. Nos apoiamos, nos sentimos em casa. E não importa se você não se sinta confortável no seu quarto compartido, que não haja organização no teto em que você vive. A vida aqui tá fora do conforto de um teto, de uma roupa de cama limpa ou uma boa refeição. A sua casa aqui é cada coisa nova que você vive, cada pessoa nova que você conhece, cada novo irmão que você faz.

A sua vida aqui é outra, não espere manter seus hábitos, tudo vai mudar. E você vai adorar isso, a desordem, a incerteza. O mundo se despedaça. E você cria o seu próprio. Sim, há vezes que vai sentir falta dos seus antigos costumes, seus amigos e família, obvio. Seus refúgios, uma volta de skate na lagoa, uma trilha no meio da mata atlântica, um fim de tarde na praia com os amigos, altinha, bar da cachaça, a boemia da Lapa.

Mas tudo isso aqui fica levemente esquecido pelo êxtase de viver novas experiências, com a intensidade de não ter nada e ter tudo ao mesmo tempo. A materialidade se desfaz, os valores mudam. O Intercambio te transforma e nada vale mais que isso. Os amigos que você faz, fraternidade que cruza fronteiras, e por favor, tente guarda-los com o tempo, o que vivemos juntos cria laços que aqui parecem forte e a distancia pode dar esse medo de perder tudo, mas agradeçamos à internet desse mundo glocal e não nos esqueçamos.

Aos meus amigos-família de intercambio,
Obrigada pelos momentos, braços e abraços, festas e infinitas risadas juntos. Nos vemos pela linda terra de nossa América Latina.

Um abraço forte com todo o meu amor.

O dia do churrascão brasileiro, família mexico, colombia, chile, argentina e brasil

terça-feira, 23 de junho de 2015

Acapulco, Guerrero.

Por Carlos Coutinho.

Vinte e dois amigos numa van...e vamos todos a Acapulco! E assistindo no caminho, claro, os três episódios de Chaves em Acapulco. Dia 15 de maio, voltamos a encontrar o Oceano Pacífico, agora no estado de Guerrero e conhecer o lendáaario balneário onde Chaves passou suas férias. Acapulco, como me haviam avisado todos os mexicanos, não é nem de perto a praia mais linda do México, mas o simbolismo daquele lugar faz com que seja impossível não visitar, e acabar se amarrando em tudo.

Primeiramente, fazia um calor do caramba, ou melhor, um mormaço. Ficamos num hotel econômico e barra pesada, mas ninguém aqui se preocupa com nada haha. No primeiro dia, já fomos à praia La Condesa, a mesma do Chavinho. E é claro que a primeira coisa que eu fiz foi conhecer o hotel Emporio, onde foram gravados os episódios tão lembrados por todos nós até hoje. E numa hora eu e minha amiga argentina Majo conseguimos entrar no hotel e tudo, mas logo depois expulsos pois notaram que a gente tava bem maravilhado com tudo - e mal vestidos haha. O hotel mudou muito, foi construída uma torre que diminui a piscina e tirou o tobogã, o restaurante é muito mais moderno. Mas nem por um momento deixou de ser um lugar inesquecível de ser visitado.

De noite, fomos à que talvez tenha sido a noite mais louca de todo o intercâmbio. Esquece o spring break de Cancún. Teve gente subindo no palco pra fazer concurso de strip tease, caras. Eu jamais sou uma dessas pessoas. Eu jamais sou quem ficou bêbado e precisou de ajuda pra voltar pro hotel. MARINA, cadê minha carteira?? Sem dúvida nenhuma a balada mais louca de todas foi no Lobster Bar, na beira da praia. E como éramos 22, pagamos só 100 pesos por um open bar. :')
Todo o último parágrafo foi mentira, a gente foi por causa do Chavinho mesmo.



Playa La Condesa

A pedra que o Sr. Barriga mostra ao Chaves quando eles estão na sacada do hotel Emporio.



As ondas nunca amigáveis do Pacífico.

Topless argentino oh yes

Quantas vezes...como agora...

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Uma aventura chamada Guatemala.


O McDonald's mais bonito do mundo está na Antigua Guatemala

Torre del Reformador, o "cartão postal" da capital da Guatemala

Bodes no meio do centro da Cidade da Guatemala. Sim, é possível.
Centro Cívico da Cidade da Guetamala: o Banco Nacional, a Biblioteca Nacional, e mais atrás, o Ministério do Turismo.


Protesto contra a expansão da indústria em terras indígenas no interior do país.

21 de abril de 2015: Palenque, Chiapas, 635 quilômetros da Cidade da Guatemala.
Todo mundo seguiu pra Cancún, Marina seguiu de volta pra Cidade do México, finalmente tinha começado a parte do mochilão do "eu-sozinho", agora éramos eu e eu mesmo, no que talvez tenha sido a maior aventura desses meses de intercâmbio no México: sair dele.
Era sábado à noite, e tudo que eu queria era dormir, conhecer Chiapas foi sensacional, mas cansativo. Peguei o ônibus em Palenque em direção a Tapachula, a cidade fronteiriça entre México e Guatemala, ainda no estado de Chiapas. Todos as rotas do Google diziam que seria um caminho que duraria 7 horas...durou umas 15 horas chegar até Tapachula, o ônibus fazia muitas, muitas paradas. Saí de Palenque às 9 da manhã de domingo, cheguei em Tapachula à meia-noite.

22 de abril de 2015: Tapachula, Chiapas, 289 quilômetros da Cidade da Guatemala.
Cheguei em Tapachula à meia-noite e os ônibus com direção à Guatemala saíam apenas às 6 da manhã. Dormi na rodoviária de Tapachula e acordei com uma coberta verde que eu tenho quase certeza que foi uma tia que deixou. E quando chegamos perto da fronteira, horas depois, um carro estava queimando na estrada. Eu pensei logo que era barricada de traficantes, pois carioca, mas parece que não se tratava disso, era só um carro com mercadorias. O que pegou foi que o motorista parou simplesmente pra ficar olhando o carro queimar. Como se a viagem já não fosse longa o bastante...aí ficamos, mais ou menos uma hora, vendo o carro pegar fogo.

A fronteira. 285 quilômetros da Cidade da Guatemala.
Perigosa. Ao chegar perto da fronteira, a empresa de ônibus diz que a gente deve descer para fazer o trâmite no escritório de migração do México. Já viu The Walking Dead? Então, imagina que pra cada passageiro do ônibus que descia tinha 10 guatemaltecos, muito gentis e prestativos, querendo fazer câmbio de dinheiro, e "segurar" o seu passaporte pra fazer o trâmite. Vi eles fazendo com todos os passageiros do ônibus, e uma vez que praticamente arrancavam da mão o passaporte, só devolviam depois que você pagasse 1 mil, 1.500 pesos mexicanos, algo como 300 reais. Comigo só não aconteceu porque lugar de passaporte é na cueca. Uma vez feito o trâmite na migração do México, segue um caminho de uns 200 metros que é literalmente terra de ninguém, até carimbar na Guatemala. Era umas 6 da manhã, e eu estava mais ligado que nunca. Nada como uma adrenalina do risco de vida hehehe. O ônibus estava esperando-nos no lado guatemalteco e de lá seguimos. Ao meio-dia cheguei, por fim, à Cidade da Guatemala.

Foto: Google.

Cidade da Guatemala.
Sem dúvida um lugar peculiar, o menor e mais pobre país no qual já estive. E nem por isso desinteressante de ser visitado. A capital do país é dividida em "Zonas", 25 pra ser mais exato, onde fica muito facil localizar-se, tudo é "Rua 22, 10ª Avenida". Eu fiquei hospedado na Zona 1, perto do Palácio Nacional, do Banco da Guatemala e do Ministério do Turismo, o INGUAT, onde fui chorar uma passagem de avião pra voltar pra casa, mas o que fizeram por mim foi dar uma carona de graça até a fronteira, quatro dias depois. Nunca fui tão bem tratado. Aliás, estive na Embaixada Brasileira na Guatemala ver se rolava um aviãozinho, e a situação da Embaixada tá bem difícil, falta dinheiro até pra pagar a luz do emponente prédio localizado no meio da Zona 10. Resolvido o problema da volta pra casa, fiz o que sempre faço sempre que chego a uma nova cidade: jogar a mochila no hostel e andar pela cidade.

A Cidade da Guatemala é cortada por uma rota histórica muito bem sinalizada, que começa na Zona 2, em um extremo da cidade, e termina na Zona 13, em outro. O primeiro ponto dela é o Mapa en Relieve (Mapa em Relevo), como o próprio nome já diz, um mapa em relevo da Guatemala de uns 500m², onde dá pra ter noção de onde se localiza cada departamento - não estados, como o Brasil ou México - e ter a noção de como estão delineadas as fronteiras com o México e Belize ao norte, e Honduras e El Salvador ao sul.

A Guatemala "vista" de cima. 

Daí segui para a Plaza Mayor de La Constitución, onde está localizado o palácio nacional do governo, e onde, no sábado seguinte ao que eu saí da Guatemala, teve o maior protesto da história do país, pedindo a renúncia do presidente, Otto Pérez Molina. O que pude ver foi um protesto de indígenas perto do Palácio do Governo.
Tem também o Paseo de La Sexta, localizada na Sexta Avenida, onde muitos artistas se apresentam, tinha uma tia muito louca dançando todos os dias lá às 18:00, e depois de quatro meses, vi negros, pois no México são simplesmente inexistentes haha, e é muito estranho isso. Passei pelo Palácio dos Correios, onde há um arco inspirado no Arco de Santa Catalina, localizado na Antiga Guatemala, do qual vou falar mais pra frente. Via de tudo pelas ruas, bodes, vendedores com lojas literalmente ambulantes, carregando manequins enquanto gritavam a quantos quetzales (moeda local) saía a roupa pra senhorita.

Vendedores ambulantes com manequins a postos no Paseo de la Sexta.

Mais adiante, estava o grande "cartão postal" da cidade, a Torre do Reformador, que é simplesmente a torre mais feia que eu já vi. É inspirada na Torre Eiffel, de Paris, apesar de ser sete vezes menor, e tem um sino no seu topo. Um monte de ferro retorcido feio bagarai.

Depois de tantas horas andando, claro que anoiteceu e eu não sabia mais onde ficava o hostel. Mais uma hora andando quase em círculo até achá-lo. Normal...

A Antiga Guatemala.
Essa sim é a parte mais bonita do país, "La Antigua" fica a duas horas da capital, e aí se vê muito mais turistas, de todos os lugares do mundo. Primeira capital da América Central, ainda conserva toda a beleza de uma ex-colônia espanhola parada no tempo.





Enfim, conhecer a Guatemala foi uma incrível experiência de cinco dias de muito sufoco, muito aprendizado, muita satisfação, conhecer novas palavras, novas pessoas, simplesmente sentar numa praça e ver as pessoas passando, aquelas pessoas tão diferentes que vivem num país tão pequeno e que tocam sua vida com um sorriso no rosto. Os alternativos tatuados na rua, o BRT cheio às seis da tarde, o salário que não dá pra nada. Quero muito voltar um dia, mas dessa vez pra conhecer a América Central inteira, da Guatemala ao Panamá. Já tenho amigos no Ministério do Turismo que com certeza me arranjam uma carona grátis. Um país tão humilde que me deixou tão mais rico. Gracias por tanto, mi Guate. Guat's up? Guatever... Eu volto hein, eu juro que volto.

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sábado, 2 de maio de 2015

México me encanta: mochilão pelos estados de Oaxaca e Chiapas.

Por Marina Bravo

Subí montanha e ví água ferver fria em Hierve el Agua.
Ví o sol nascer entre as montanhas pelas estradas de Chiapas.
Passei momentos mágicos nas praias de Oaxaca.
Pisei por pedras Maias e caminhei por antigas cidades
de civilizações que há muito já não vêem suas estrelas no céu.

Abril foi mês de férias para a trupe da UAM e demos uma rodada por esse país encantado.

Começamos pelo estado de Oaxaca. Primeiro na capital, Oaxaca de Juárez, e depois descemos às praias.
O centro da cidade de Oaxaca é lindíssimo e todo preparado para o turismo. Mercados e feiras de artesanato e 'produtos tradicionais'. Provamos mezcal de 50%, delicinha, puro etanol. O chocolate oaxaqueño que, assim como o mezcal é uma das atrações do estado, nos surpreendeu pois não leva leite; a esse  meu conterrâneo não lhe agradou. É que é feito pra botar no leite quente e depois assim o tomam. Mas para mim, uma chocólatra, adorei, e principalmente o amargo. Vale provar, me lembrou um chocolate artesanal que comí na Costa do Cacau na Bahia, mesmo esquema sem leite, pura vida.

A rua do "Corredor Turístico"
Por perto da cidade de Oaxaca se pode visitar, entre muitas outras coisas, as ruínas de Monte Albán e as piscinas naturais de Hierve el Agua. As ruínas estão muito bonitas e fomos aí por um passeio, sem guía nem nada, apenas caminhamos, relaxamos e apreciamos o cenário. A entrada é grátis para estudantes e se pode chegar em van por 50 pesos ida e volta.

La banda casual em Monte Alban
As piscinas de Hierve el Agua não me impressionaram. Estão melhores as que fomos em janeiro, em Tolantongo no estado de Hidalgo. A água em Hierve el Agua, por ironia do destino, estava fria. E além disso trazia uma camada de óleo pelos protetores solares da galera. Fomos numa semana santa e sim estava bem cheio. Em outro momento provavelmente seria um cenário mais paradisíaco. Mas desde aí das piscinas se pode fazer trilhas para chegar a outros pontos da montanha e apreciar paisagens magníficas. Isso foi então o que eu mais gostei em Hierve el Agua, e não a água.

A vista das piscinas desde o ponto onde havia outra nascente de água (fria)
De Oaxaca Juárez para chegar à praia de Mazunte pegamos uma van que cobrava 150 pesos esse caminho de 6 horas em montanha-russa batendo a cabeça no vidro. Essa van chega a Pochutla, que de aí se pode pegar um "pollero" de 10 pesos que te leva a Mazunte em cerca de meia hora. É tudo muito barato em Oaxaca. Ficamos em uma casa de frente pra praia, e os dois quartos que alugamos para nós seis saiu por 400 pesos a noite. Gastávamos menos de 150 pesos por día em Mazunte.
Não quisemos ir a Puerto Escondido, destino tão famoso, exatamente por isso, queríamos algo econômico, calmo e natural. De Mazunte se pode chegar à praia de Zipolite em 20 minutos em um pollero de 7 pesos. Se pode ir a pé para San Agustinillo e para Punta Cometa e a praia de Ventanilla.
Nos emocionamos com o oceano Pacífico :') Oaxaca foi inesquecível, mágico, com bons amigos e tranquilidade. Me senti em casa, nas praias da costa verde e da Bahia.

O pollero
Chegando a Mazunte pela manhã
Punta Cometa, fantástico pôr-do-sol  no Pacífico
Os compas em San Agustinillo
Depois de Oaxaca seguimos direto a Chiapas encontrar o resto da gangue uamera. De Pochutla a San Cristóbal de las Casas, 8 horas no ônibus. Vale lembrar que aproveitamos o desconto em ônibus que os estudantes têm em períodos de férias, metade do preço, e sempre viajávamos à noite para economizar hospedagem e não perder o dia.
Em Chiapas, éramos 18 em uma van percorrendo cascatas e sítios arqueológicos desde San Cristóbal até Palenque. Perto de San Cristóbal está Cascadas de Chiflón, muito bonito, boa caminhada, clima ameno, e essa linda cor turqueza das águas sulfurosas.
De viagem entre San Cristóbal e Palenque visitamos as ruínas de Toniná, enorme, com túneis e tudo; vale a pena ir com um guía pois se aprende muita coisa da história e tradição maia. E visitamos também a Cascada de Agua Azul, bastante turística e cheia, mas com suficiente espaço para nadar, saltar de pedras e relaxar ao sol; e a de Misol-Ha, mais dentro da Selva Lacandona, ou seja, mais verde, lindíssima.
Em Palenque fomos às ruínas da Cidade Maia e fizemos uma pequena trilha por parte da Lacandona que nos derreteu de calor e humidade. Esse sítio arquelógico é de fato uma cidade, cada "edificio" não chega a ser tão grande quanto o de Toniná, mas são muitos e espalhados, e alguns que nem se pode desenterrar porque estão em área de proteção ambiental.

Palenque
Palenque, parte de ruínas na floresta
Cascada Agua Azul
Toniná
Misol-Ha
Chiflón
San Cristóbal de las Casas

Chiapas foi incrível, muita alegria e risadas o tempo todo com essa família uam que formamos aqui. Minha família mexicana.

Depois de Palenque a turma seguiu para a Riviera Maia, mas eu voltei para o DF a despedir de um amigo que voltava pra casa e depois me fui a Guadalajara visitar outra amiga. Tudo isso enquanto Carlito foi pra Guatemala. Nos próximos posts contamos a história, fiquem conectados.

Esse mês de abril me apaixonei por esse México lindo. Me encanta, riquíssimo em cultura e natureza, o povo é incrível também. 
Há muito que quero conhecer ainda. De certo volto outra vez na vida.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Quando a UFRJ invadiu: Cidade do México e a Riviera Maya (Cancún, Playa del Carmen, Isla Mujeres e Tulum).

Por Carlos Coutinho
Dia 8 de março de 2015 pode ser agora conhecida como a data na qual a zoeira atingiu novos níveis de percepção e aperfeiçoamento. Dia 8 de março meu grande irmão Daylton, "el Ton Irónico" e sua linda cônjuge, Yasmin, aqui rebatizada "Jazmín", meus amigos de UFRJ, vieram me visitar por duas intensas semanas. Meios desconfiados de que o México seria meio zoado, eles saíram daqui querendo ficar. Normal...

O emblema do Distrito Federal, junto aos dos outros 31 estados mexicanos, na rua do Monumento a la Revolución
Assim que chegaram, no dia 8, já saímos pela cidade, e fizemos um Carlitos Tour pelo Centro Histórico, o Zócalo (o Daylton se amarrou no Zócalo), o Museo de Bellas Artes, o Paseo de la Reforma, a Torre Latinoamericana, e foi um prazer apresentar pra eles a minha cidade.

Eu e Daylton em frente ao Palácio Presidencial, no Zócalo

Não é foto; É VIDEO. Convidados: Chaves e Quico.

Posso dizer que eles ficaram impressionados pelo tamanho da cidade, pelas vantagens de transportes que temos aqui, o preço das coisas e gostaram de conhecer as amizades que eu já tenho por aqui. Numa segunda à noite, resolvemos sair por aqui perto de casa, com três amigos meus do norte do México, e o resultado foi um choque de nações hahaha. O pessoal não tá acostumado com a maneira que a rapeize dança, olha meio perplexo, mas no fim curtimos pra caramba, aliás, foi a melhor segunda feira que passei por aqui.

BEBE, TON. BEBE QUE É BARATO E É DE QUALIDADE. :')
Por fim, chegou quarta feira. Dia 11 de março pegamos nosso voo pra Quintana Roo, o estado onde está o balneário de Cancún, com destino ao Spring Break, que, surpreendentemente é muito mais conhecido no Brasil que aqui no México.


CANCÚN: Chegando lá, mas que vergonha, foi amor, foi bonito, foi good vibes. Primeiramente a minha impressão é que Cancún se parece muito com as cidades de praia do interior do Rio. Sério, Rio das Ostras, sei lá, Araruama, as ruas da cidade, tudo é bem parecido, o que difere é que Cancún tem a luxuosa zona hoteleira, e o mar... a cor daquele mar caribenho não tem descrição. E invadimos um hotel de boas, nadamos com crianças gringas mimadas, arremessamos uma fazendo brincadeira do pezinho, mas tudo bem, ela passa bem. We think.


Beleza, depois de umas horas conhecendo as praias de Cancún (fomos de busão. Anota aê: o rota 1 é o que te deixa na praia da Zona Hoteleira, pergunta pro piloto). À noite, fomos a rua de boates de Cancún, a mais conhecida é a Coco Bongo, onde tem uns shows de covers da Madonna, Lady Gaga, etc. Não. Fomos ao Congo Bar, o filho pobre, pagamos 80 reais (os mexicanos tinham me assustado dizendo que Cancún era absurdo de caro...não conhecem a vida no Rio de Janeiro) por um open bar e foi bonito, foi, foi intenso, foi. E ainda encontramos duas brasileiras de Fortaleza.

Deu bom. Crédito: Yasmin, de cima do palco.

A avenida de boates de Cancún
PLAYA DEL CARMEN: Chegamos cheios de fome e comemos os maiores sanduíches do mundo pagando 10 reais, e conversando muito com a tia que os fazia, ela tinha passado a vida em Pasadena, Califórnia, mas como ficou viúva voltou ao México e tinha minha história pra contar. A 5ª Avenida de Playa del Carmen, a mais perto da praia, é bem bonita, tem vários comércios, e nela comprei minha lendária camiseta dos "Los Pollos Hermanos", 28 reais. :')

Ton, comportado, assistindo "Rio 2", no ônibus Cancún - Playa del Carmen 

Playa del Carmen 
Dia de São Patrício no Mandala, boate de Playa del Carmen, que também tem em Cancún, mas que em Playa é muito mais barata. Vem que vem.

ISLA MUJERES: Acessível - claro - só por barco, pois ilha, esta é a praia mais linda de toda a Riviera. Espetacular, de verdade.

Eu fazia um aerosyogs, enquanto esperava a barca...


TULUM: Com cenotes paradisíacos e castelos maias na "orla" da praia, e repletos de iguanas por todos os lados. Pra variar, mais um lugar incrível da Riviera.






Rolezinho no cenote com os amigos que fizemos pelo caminho. 
Foi isso aí, reencontrar a praia depois de dois meses na selva de pedra, fazer amigos, passar uns apertos, conhecer o topless Spring Break, zoar e fazer amizade com os gringos, e atestar que esse país é lindo pra caramba. Obrigado, Yasmin e Daylton, por terem passado essas duas semanas aqui comigo.